Diná 106 anos


No dia 19 de maio de 2018 Diná completaria 106 anos. Demoramos alguns anos, depois de seu falecimento para conseguir juntar os documentos mais importantes, que iriam contar toda a trajetória de nossa avó. Considerada a Dama de ferro do Museu de Arte Moderna de São Paulo, Diná tinha seu acervo organizado com todas as referência que precisávamos, para contar sua importante participação durante 15 anos na direção do MAM.



Depois de 15 anos de sua morte, conquistamos muitas "coisas".
O material está documentado, hoje é dia de agradecer a Dama de Ferro e sua história que nos fez crescer.





A cada dia que passa, descubro algo novo nos documentos aqui guardados. O álbum  de mensagens de Diná tem início em 1929 e é uma das recordações mais importantes que temos. Fico imaginando o dia em que cada uma delas  foi escrita. Getúlio Vargas em 1947, Tarsila em 1950, Oscarito, Mário de Andrade, Clóvis Graciano, Mario Cravo Jr, Aldemir Martins, Pablo Neruda e muitos outros.  
São páginas cheias de romantismo, com detalhes que impressionam.

                                           Getulio Vargas                                Tarsila

"Quem não foi dotado de inspiração para fazer versos, poderá então tirar a poesia da ação" Getúlio Vargas


Meu Amigo Di
Jornal da crítica 1997

Diná participava da roda intelectual e boêmia mais famosa de São Paulo. Os documentos e objetos de arte reunidos refletem o desenvolvimento de importante período das artes plásticas no Brasil. Acompanhamos sua trajetória, participando desse ambiente e desenvolvendo genuíno interesse pela produção artística e cultural brasileira.






Em 1966 na Bienal, o desenho de um nu foi vetado por nossa avó Diná e Ciccillo Matarazzo, fundador do evento. Diná acompanhou a difícil virada da arte moderna para a arte contemporânea no Brasil.

As obras de artistas modernistas ocupavam as paredes, do chão ao teto do apartamento da Av São Luis onde morava com meu Pai.
Depois de 15 anos na diretoria do mam minha avó foi afastada. Muito tempo depois consegui entender porque. Naquela época, surgiam as primeira instalações. Já era demais para a diretora considerada a "dama de ferro" do museu.





Obra mural do grande artista uruguaio Carlos Paez Vilaró, executado a pedido do Presidente do MAM Joaquim Bento Alves de Lima, destruído na reforma em 1983.
“Dejo em San Paulo para Dinah Coelho, mi sol de Casapueblo”  CARLOS PAEZ VILARÓ – 27/setembro/71.

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