O Mural de Eduardo Kobra
Mergulhando no acervo de vivências da Casa Diná.
.jpg)
O projeto idealizado pelo artista plástico e muralista Kobra, apresenta figuras de importantes artistas do modernismo ao lado do retrato de Maria Ricardina Mendes Gonçalves, a Diná . (1912-2003)Com muitas referências desta história e com o grande poder transformador da street art, o mural reverencia o movimento artístico enquanto Diná foi Diretora do Museu de Arte Moderna SP (1967-1982), transmitindo conhecimento às novas gerações.
Com Di Cavalcanti (1897-1976) um dos articuladores da Semana de Arte Moderna de 1922, Diná organizou a grande mostra retrospectiva da Arte Genial Cavalcantiana em 1971. Tarsila do Amaral (1886-1973) no Brasil Piet Mondrian (1872-1944) Wassily Kandinsky (1866-1944) na Europa apontaram as diretrizes fundamentais do modernismo, um amplo movimento cultural que repercutiu fortemente sobre a cena artística no tempo que Diná foi considerada a Pastora Fiel dos artistas do Brasil e Dama de Ferro do MAM São memórias que, junto à importância da Diná e amigos da Arte, acreditamos contribuir com a preservação da arte no brasil, como Diná e todos nós sempre desejamos.
A arte ultrapassando gerações
.jpg)
Gratidão imensa ao artista por estar aqui conosco em presença colorida e viva na apresentação de nossos propósitos e parcerias.
Comemoramos 60 anos de história da Casa Diná, brindamos transformações e preservações no espaço, no bairro, na cidade e na família.
Com Di CavalcantiUm dos articuladores da Semana de Arte Moderna de 1922.
Com Abaporu, inspirou o Manifesto Antropófago. Estava casada com Oswald de Andrade em 1928, que enxergava na figura enigmática do quadro, um homem que iria devorar a cultura para se apossar dela e reinventá-la. Clamava aos artistas brasileiros por originalidade e criatividade.
Com mais de 500 obras espalhadas nos cinco continentes,Eduardo Kobra é um dos artistas contemporâneos maisconhecidos do mundo. Nascido em 1975 na periferia de SãoPaulo, ele acumula mais de 30 anos de carreira e detém doisrecordes mundiais por conta de trabalhos impactantes degigantescas dimensões.
Seus murais são exemplares dentro do segmento da streetart e costumam trazer mensagens contundentes sobre temasimportantes para a humanidade, como a paz mundial, aimportância da preservação do meio ambiente e avalorização de acontecimentos históricos e seuspersonagens.
Ao longo de sua carreira, Eduardo Kobra desenvolveu inúmeros trabalhos representativos transmitindo mensagens e valores nos quais ele acredita pessoalmente, como a defesa da paz, a importância da preservação ambiental, o apreço pela necessidade de tolerância na sociedade e a valorização de acontecimentos históricos e seus personagens.
Em 10 de novembro de 2023 comemoramos 60 anos de história da Casa Diná.
Memórias afetivas, de produções artísticas locais, foram compartilhadas por uma centena de amigos que circularam animadamente pelo espaço.Agradecemos muito o chamado simpático do Kobra no vídeo enviado e à possibilidade de veicular o filme tão inspirado e inspirador. Tais documentos pulsantes de vida e enfrentamento de desafios, foram apreciados e elogiados por parceiros de história e de ideais, do bairro e além. Conhecedores dos seus murais urbanos já consagrados, puderam se aproximar do artista desde menino, acompanhar seus olhares desde as origens do capitonê, das estamparias em casa, ao grafite e murais pelo mundo, valorizar mais ainda suas contribuições para nossos tempos. Essas narrativas e imagens em movimento abrilhantaram o evento e intensificaram a expectativa para o projeto, convocando a todos como parte dessa nova janela para a fruição de arte, história e desse presente para o coletivo que foi lançado.
As paredes dessa esquina vão continuar respirando e registrando cultura e arte em pigmentos coloridos, revitalizando propósitos comuns que atravessam gerações.
Estamos muito entusiasmados para continuar compartilhando esses ideais, todo carinho e receptividade ao projeto e à equipe. Enfim... A realização do mural, e o sonho da retirada do pano para entregar à casa, aos amigos, ao bairro, à cidade e ao futuro, essa obra tão esperada!
Estamos acompanhando uma grande mudança no bairro, muitos empreendimentos imobiliários, e grandes comércios. Buscamos algo mais humano, nos preocupamos com as relações pessoais, tão importantes, ainda mais importantes depois da pandemia. Assim criamos um espaço que funciona como centro de estudos e pesquisas para divulgar a arte. A arte do Kobra significa exatamente o que esperamos para o futuro do bairro. Algo realmente familiar, com mais aconchego e cheio de calor humano. Vamos resistir no meio desta selva de pedra...
Diná escolheu a Vila Nova Conceição, ainda sem o parque Ibirapuera, para que seu filho pudesse começar uma vida em família. Levou o Museu de Arte Moderna para o Parque. Deixou a marca da sua trajetória e compartilhou a importância de preservar a Arte e a diversidade cultural brasileira . Fizemos da Casa um lugar inspirado na história da Arte Moderna. Fizemos da Casa uma livraria, um restaurante, um lugar onde oferecemos oportunidades pra se estudar, pesquisar, aprender, pintar, meditar, escutar música, criar, cultivar e plantar. Fizemos da Casa um local pra divulgar e respirar Arte. " A Arte que anima a vida da gente" como dizia Diná.
Diná escolheu a Vila Nova Conceição, ainda sem o parque Ibirapuera, para que seu filho pudesse começar uma vida em família. Levou o Museu de Arte Moderna para o Parque. Deixou a marca da sua trajetória e compartilhou a importância de preservar a Arte e a diversidade cultural brasileira . Fizemos da Casa um lugar inspirado na história da Arte Moderna. Fizemos da Casa uma livraria, um restaurante, um lugar onde oferecemos oportunidades pra se estudar, pesquisar, aprender, pintar, meditar, escutar música, criar, cultivar e plantar. Fizemos da Casa um local pra divulgar e respirar Arte. " A Arte que anima a vida da gente" como dizia Diná.
No final dos anos 1960, após lidar com a falta de espaço e a perda de seu acervo original, o NAM São Paulo iniciou um processo histórico de revitalização quando Diná (1912 - 2003) assumiu a diretoria-técnica do museu.
Nos anos 1960, Diná testemunhou, com certa distância, a dissolução momentânea do MAM São Paulo. Entre 1963 e 1968, o museu teve o seu acervo doado à USP ( que mais tarde fundaria com ele o Museu de Arte Contemporânea), e a sua sede improvisada numa sala do Edifício Itália. A sobrevivência do museu no período foi resultado do esforço de artistas e colecionadores, que em 1967, incumbiram a nova diretora Diná de reaver o projeto museológico do MAM.
Respeitada pela postura "durona" e determinada, Diná foi responsável por uma das gestões mais marcantes na história do museu (1967-1982). Além da mudança para a sede definitiva na marquise do Parque Ibirapuera em 1969 (resultado da insistência de Diná com o então prefeito Faria Lima), o MAM São Paulo se beneficiou de uma expansão crucial de seu acervo. Diná idealizou o "Panorama da Arte Brasileira", executada pela primeira vez em 1969 e realizada bienalmente pelo MAM. Através das obras contempladas com o Prêmio Aquisição e de generosas doações dos artistas participantes, ao fim da gestação de Diná o acervo do MAM contabilizava mais de 1.300 obras.
Arte para o Bem
Estamos finalizando o projeto com a doação de todo nosso acervo escrito, cartas do grande amigo Di Cavalcanti, fotos e vídeos, para a Biblioteca do MAM. São memórias que, junto à importância da Diná e amigos da Arte, acreditamos contribuir com a preservação da arte no Brasil, como Diná e todos nós sempre desejamos.
Diná Lopes Coelho
Comentários
Postar um comentário